Quantas paranoias uma pessoa comum, nos dias de hoje, é capaz de ter, sem nem perceber?
Vamos ver se essa é uma cena comum pra você: sair de casa, e na metade do caminho de onde quer que você esteja indo, pára por um instante, e pensa: “Tranquei a porta?” ou “Desliguei o fogo?”
Ou andar por uma rua meio deserta, com a sensação de ter alguém seguindo você. Ou constantemente verificar se seu celular ou carteira estão onde deveriam estar, e que você não os esqueceu na mesa do restaurante e nem deixou cair num buraco qualquer.
Eu sei, eu sei… Às vezes, parece que estamos vivendo em um grande episódio de uma série de conspiração. Ou pior, alguém vai olhar pra você e dizer: “Nossa, que paranoia!”.
Mas antes de você começar a duvidar da sua sanidade, saiba que algumas situações que parecem ser puro exagero, na verdade, têm fundamento.
Sim, às vezes a linha entre precaução e paranoia é bem tênue. Então, vamos falar sobre aquelas coisas que todos ao seu redor acham que são “paranoias”, mas que, na verdade, são bem mais reais do que imaginamos.
E, por favor, depois de ler, diga que você também faz pelo menos uma dessas coisas, para eu não me sentir sozinha nessa!
1. Desconfiar de Wi-Fi Público: Mais Seguro Que Desconfiar do Seu Vizinho Curioso
Quem nunca precisou de uma internet rapidinha e achou aquele Wi-Fi público abençoado no café da esquina, que atire o primeiro roteador! Eu sei que é tentador conectar e começar a usar a internet “de graça”, mas espere um segundo aí!
Lembra daquela história que sua mãe sempre contava sobre aceitar balas de estranhos? Pois é, o Wi-Fi público é a versão moderna disso.
A verdade é que, ao se conectar a essas redes, você está abrindo uma porta de correr para que hackers possam entrar e fazer a festa com seus dados. E eles não são nada tímidos.
O que começa como uma pesquisa rápida no Google pode acabar em uma conta bancária zerada ou na exposição de todas as suas senhas.
Eu não estou dizendo que você deve evitar o Wi-Fi público como o diabo foge da cruz, mas usar uma VPN ou mesmo evitar transações importantes nessas redes não é paranoia; é pura precaução.
2. Cobrir a Câmera do Notebook: Sim, Eles Podem Estar Observando
Antes de você me chamar de maluca, faça uma pesquisa rápida: quantas vezes você já ouviu falar sobre casos de pessoas que tiveram suas câmeras hackeadas? Aí está. Isso não é coisa de filme de espião, gente, é vida real.
Se você ainda acha que colocar uma fita adesiva na câmera do seu notebook é exagero, pense de novo.
Os hackers podem invadir suas câmeras sem que você perceba, e de repente, seu notebook se transforma no “Big Brother” pessoal de alguém.
Não é preciso ser celebridade para atrair esse tipo de atenção; qualquer pessoa pode ser alvo. Mesmo Mark Zuckerberg, sim, O Zuckerberg, já foi flagrado com um post-it cobrindo a câmera do seu laptop.
Se até o dono do Facebook faz isso, quem sou eu para ignorar?
3. Nunca Deixar o Localizador do Celular Ativo: Porque Ninguém Precisa Saber Onde Você Está o Tempo Todo
Vamos ser honestos: há algo muito desconfortável em saber que nosso telefone pode rastrear cada passo que damos. E, ainda pior, que qualquer aplicativo com permissão pode fazer o mesmo. Alguns dirão que é “paranoia” desativar o GPS, mas acredite, é simplesmente manter um pouco de privacidade.
Lembra quando a sua mãe dizia para não falar com estranhos? Pois bem, aplicativos são como estranhos digitais. Eles não precisam saber onde você foi, o que você comeu ou se você deu uma volta naquele parque despretensiosamente (claro, salvo quando você posta seu roteiro diário nas redes sociais)
Desativar o rastreamento por GPS é apenas garantir que você continue sendo o dono da sua privacidade. Você não está sendo paranoico, só não quer compartilhar seus passos com empresas que podem usar essas informações de maneiras que você nem imagina.
Afinal, ninguém quer uma notificação dizendo: “Ei, notamos que você visitou tal lugar ontem! Que tal uma oferta especial?”.
O quê? Dá até calafrio…
4. Verificar Duas, Três, Quatro Vezes Se Trancou a Porta: O TOC Que Pode Salvar o Seu Dia
Eu não estou dizendo que você tem que ser obcecado, mas vamos lá, verificar a porta mais de uma vez não é coisa de maluco. Quantas vezes você já se pegou pensando: “Será que eu tranquei a porta?”? E então volta para conferir, só para ter certeza.
Eu mesma tenho essa mania de vez em quando. E eu volto mesmo para verificar, vai que …
A verdade é que esquecimentos acontecem, e nada é pior do que passar o dia inteiro no trabalho se perguntando se sua casa está vulnerável porque você não se deu ao trabalho de conferir a tranca.
Na melhor das hipóteses, você só perdeu alguns minutos indo e voltando.
Na pior, alguém pode estar aproveitando sua distração para entrar na sua casa e sair com sua TV novinha, ou roubar seu doguinho do coração. Portanto, aquele pequeno ritual de checar a porta não é paranoia, é apenas garantir que você vai ter um dia tranquilo e sem “paranoia”.
5. Não Usar Carregadores de Celular de Terceiros: Não É Apenas Questão de Segurança, É Questão de Sobrevivência
Você já passou por isso: está com a bateria do celular quase zerada, e então, aparece um “anjo” oferecendo um carregador qualquer. Mas, caro leitor, antes de cair na tentação, lembre-se que até mesmo os dispositivos mais inofensivos podem esconder armadilhas.
Carregadores de terceiros, especialmente aqueles achados em lugares públicos, podem ser verdadeiras armas para quem sabe o que está fazendo.
Eles podem ser alterados para extrair dados do seu celular ou até mesmo infectá-lo com malware. Eu sei, parece exagero, mas “USB Killers” são uma realidade.
Esses pequenos dispositivos têm potencial para destruir seu celular ou acessar informações importantes enquanto você acha que só está carregando a bateria.
Então, recusar um carregador “suspeito” não é paranoia, é sobrevivência tecnológica. Traga sempre o seu, é a maneira mais segura de garantir que você não vai ser pego de surpresa. Dá seu jeito, aguenta firme, mas evite ao máximo.
Paranoias Finais: Você Não Está Sozinho, Eu Também Sou Assim!
Se você, como eu, já foi chamada de paranoica por uma dessas atitudes, fique tranquila. O mundo é um lugar cheio de surpresas (e não no bom sentido).
Um pouco de precaução pode fazer a diferença entre ter um dia normal e ter um grande problema.
Será que estou assistindo muito filme de suspense?
Então, da próxima vez que alguém zombar da sua fita adesiva na câmera ou das suas idas e vindas à porta, lembre-se: você não está sozinho nessa. E se te chamarem de paranoica, apenas responda: “Eu não sou paranoica, sou precavida”.
Essas “paranoias” do cotidiano são reflexos das preocupações modernas, muitas vezes alimentadas por experiências passadas ou histórias que ouvimos. Elas podem ser vistas como precauções excessivas, mas também são formas de garantir a segurança e evitar problemas futuros.
E você? Tem chances de aguém te conhecer pelas suas paranóias? Compartilhe suas histórias (ou suas “paranoias”) nos comentários.
Afinal, estamos todos juntos nessa grande aventura que é sobreviver nesse mundinho cheio de surpresas!