Terror e Suspense são gêneros top 1 na minha categoria de filmes. Mas nem todo terror e suspense me agrada.
Tem terror sanguinolento, daqueles que mostram os órgãos e mutilações bem na cara da câmera. Tem os de espírirtos, bem mais aterrorizantes e medonhos, na minha opinião. O pscológico é interessante, porque também já tem o suspense junto. O de monstros não me atraem tanto.
E os de suspense? Os tipo thriller, cheios de conspirações, te prendem por mais tempo. Os de mistérios, onde você vai juntando as pistas e tenta adivinhar o final. E tem também o tipo pscológico, que é mais leve que os da categoria terror, mas não menos instigantes.
Independente de qual faz seu tipo, tenho certeza que você se rende a uma boa história.
E eu aqui, como boa fã do gênero, posso garantir que nem todo susto é igual. Algumas séries são verdadeiras obras-primas da tortura psicológica, enquanto outras… bem, outras são tão previsíveis que você mais ri do que treme. É ou não é?
Então, no post de hoje, vou compartilhar com vocês uma lista das séries de suspense e terror da Netflix (ou fora dela) que podem te impactar de alguma forma, seja pelo medo genuíno, pela trama inteligente ou, em alguns casos, pelo puro prazer de assistir algo tão ruim que chega a ser bom. Não vou colocar nada sobre zumbis, porque elas geralmente são boas, dentro do possível…
Não é uma recomendação direta, tipo “assista que é bom”, mas é uma seleção pessoal, onde eu não senti aquela coisa de “perdi meu tempo assistindo isso”… E também não está em ordem de preferência, então mergulhe nesse post e descubra sua maratona de hoje (com pipoca).
1. A Maldição da Residência Hill/Bly: Uma Casa Assombrada e Diferente
Vamos começar com um clássico moderno que, se você ainda não viu, só posso perguntar: onde você esteve nos últimos anos? “The Haunting of Hill House” não é apenas uma série de terror, é uma verdadeira obra-prima do gênero.
Baseada no livro homônimo de Shirley Jackson, a série vai além do susto fácil e mergulha fundo em temas como luto, trauma e a disfuncionalidade familiar. É praticamente uma terapia em grupo, só que com fantasmas.
O que eu gostei? Quase tudo. A narrativa é inteligente e entrelaça passado e presente de uma forma que deixa qualquer um maluco (no bom sentido, claro). Cada episódio revela um novo pedaço do quebra-cabeça, e os personagens são tão bem desenvolvidos que você quase esquece que está assistindo a uma série de terror. Quase.
O que não gostei? Bem, se eu tivesse que apontar um defeito, talvez seja o fato de que, em alguns momentos, a série tenta ser mais profunda do que deveria. Tem hora que você só quer um susto, mas acaba recebendo uma aula de psicologia. Não que isso seja ruim, mas, sabe como é, a expectativa de um bom “buu!” às vezes é frustrada por um diálogo filosófico.
Enfim…: Se você ainda não viu, faça um favor a si mesmo e assista. Mas vá preparado para alguns sustos genuínos e um exame de consciência no final.
2. Marianne: Um Bom Motivo para Nunca Mais Escrever Histórias de Terror
Se você é fã de terror psicológico e de histórias que te deixam com medo de abrir os olhos à noite, “Marianne” é para você. Esta série francesa (sim, você leu certo, francesa!) chegou de mansinho na Netflix e logo conquistou seu lugar entre os grandes nomes do gênero.
A história gira em torno de uma escritora de livros de terror que descobre que suas criações estão, de alguma forma, se tornando reais. Embora pareça estranho, é tão assustador quanto parece.
O que eu gostei? Primeiro, a atmosfera. A série tem um clima de opressão e angústia que te envolve desde o primeiro episódio. Os personagens são interessantes, e a vilã, Marianne, é o tipo de antagonista que faz qualquer um reconsiderar a ideia de escrever sobre bruxas (a véia bizarra me é bizarra, mesmo).
O que não gostei? O final. Sem querer dar spoilers, mas vamos apenas dizer que “Marianne” sofre do mal de muitas séries de terror: começa com tudo, mantém o ritmo e, quando chega no último episódio… Bem, digamos que não foi o clímax que eu esperava. Mas, ainda assim, vale cada minuto de tensão.
Enfim…: Um terror psicológico de primeira, com um final que pode dividir opiniões. Mas, se você gosta de sustos bem construídos, essa série é um prato cheio.
3. Bates Motel: A História de Como Tudo Deu Errado
Quem não conhece o clássico filme “Psicose” de Alfred Hitchcock? Agora, imagine uma série que explora as origens de Norman Bates, o personagem icônico por trás de um dos maiores filmes de terror de todos os tempos. “Bates Motel” faz exatamente isso, mostrando como um adolescente aparentemente normal se transforma em um dos psicopatas mais assustadores da ficção.
O que eu gostei? A atuação de Freddie Highmore como Norman Bates é simplesmente brilhante. Ele consegue capturar perfeitamente a mistura de inocência e loucura que torna o personagem tão fascinante. Além disso, a série faz um ótimo trabalho ao construir a tensão e mostrar a relação complexa entre Norman e sua mãe, Norma Bates, interpretada de forma igualmente incrível por Vera Farmiga.
O que não gostei? Alguns episódios da série poderiam ter um ritmo mais ágil. Em certos momentos, a trama dá uma enrolada, enche linguiça, o que pode fazer você querer pular algumas cenas. No entanto, a espera vale a pena, especialmente quando a história começa a se alinhar com os eventos do filme original.
Enfim…: Se você é fã de “Psicose” ou simplesmente gosta de histórias sobre a descida de um personagem à loucura, “Bates Motel” é uma excelente escolha. A série consegue ser tanto um tributo ao clássico quanto uma história independente e cativante.
4. A Queda da Casa de Usher: Um Caos Familiar Assustador
Se você é fã de terror gótico e adora as obras de Edgar Allan Poe, então “A Queda da Casa de Usher” é um banquete sombrio para sua alma. Baseada livremente no conto clássico de Poe, a série da Netflix traz uma releitura moderna e muito mais sinistra da história original, misturando os elementos literários com um toque contemporâneo e, claro, sustos para te deixar arrepiado.
O que eu gostei? A série faz um excelente trabalho em capturar o clima de decadência e ruína que está presente na obra de Poe. A casa literalmente parece viva, cheia de segredos sombrios que parecem engolir seus moradores aos poucos. A série tem uma atmosfera opressiva que te deixa desconfortável, como se algo horrível estivesse prestes a acontecer o tempo todo (spoiler: está mesmo).
Os personagens são bem construídos e incrivelmente complexos, cada um lutando contra seus próprios demônios internos – e, às vezes, externos também. Nada do que você está vendo pode ser realmente o que está vendo, de fato. Você não está apenas assistindo a uma série de terror, está sentindo a decadência se arrastar em você.
O que não gostei? Como toda adaptação moderna de um clássico, a série toma liberdades criativas que podem não agradar aos puristas. Algumas escolhas de roteiro podem parecer exageradas ou desconexas do espírito da obra original de Poe, especialmente se você for um fã devoto da escrita dele. Além disso, o ritmo pode ser considerado lento para quem espera mais ação imediata.
Enfim…: Para os amantes do terror gótico e dos clássicos literários, “A Queda da Casa de Usher” é um deleite visual e emocional. A série capta o terror psicológico de Poe, adicionando uma camada moderna de suspense e medo, criando uma obra única que ressoa tanto com os fãs da literatura quanto com os entusiastas do terror cinematográfico.
5. Alice in Borderland: Jogo Mortal com uma Pitada de Reflexão
Se você está à procura de uma série que mistura suspense, ação e terror psicológico, “Alice in Borderland” é uma boa escolha. Essa produção japonesa, baseada no mangá homônimo, leva o conceito de “jogos mortais” a um novo nível, onde os participantes precisam lutar por suas vidas em desafios insanos e mortais. Se “Jogos Vorazes” e “Battle Royale” tivessem um filho com “Black Mirror”, o resultado seria algo próximo a “Alice in Borderland”.
O que eu gostei? A série é intensa do começo ao fim. O começo já te prende, você fica sem saber o que está acontecendo uma boa parte do episódio. A premissa, onde pessoas comuns são transportadas para uma Tóquio deserta e forçadas a participar de jogos mortais, é tão intrigante quanto assustadora. Um plus: o visual é fantástico, com efeitos especiais de alta qualidade e cenários que criam uma atmosfera de desespero e urgência.
Os personagens principais, Arisu e Usagi, são bem desenvolvidos e têm uma química natural que torna a jornada deles ainda mais envolvente. A série também explora temas como sobrevivência, moralidade e o que as pessoas estão dispostas a fazer para salvar suas próprias vidas – tudo isso com uma pitada de filosofia existencial. Excelente!
O que não gostei? Ok, é mais uma série de jogos mortais e sobrevovência, e algumas partes podem parecer um pouco repetitivas. Além disso, pode ser também extremamente frustrante se você é daqueles que gosta de respostas imediatas.
Enfim…: “Alice in Borderland” é uma série que mistura ação, suspense e terror psicológico de uma forma que te prende do começo ao fim. Se você gosta de histórias intensas, onde os personagens são colocados em situações extremas e forçados a lutar pela sobrevivência, essa é uma série que não pode faltar na sua lista de maratonas.
6. Eu Vi: Histórias de Terror Contadas Pelas Próprias Vítimas
Se você é fã de histórias de terror baseadas em fatos reais, “Eu Vi” (título original: “Haunted”) é a série perfeita para você. Este docudrama da Netflix é uma antologia que traz relatos reais de pessoas que afirmam ter experimentado encontros aterrorizantes com o sobrenatural. Por isso, a série me chamou atenção. Cada episódio apresenta uma nova história, recontada pelos próprios envolvidos e dramatizada para aumentar o fator de medo.
O que eu gostei? O conceito de “Eu Vi” é fascinante. Não estamos falando de ficção aqui; as histórias são supostamente baseadas em eventos reais, o que adiciona uma camada extra de terror. O formato da série, que mistura entrevistas reais com reencenações dramáticas, consegue criar uma atmosfera assustadora que prende o espectador do início ao fim. O fato de as histórias serem narradas pelos próprios sobreviventes torna tudo ainda mais perturbador – afinal, nada é mais assustador do que alguém contando um pesadelo que viveu na pele.
A série também faz um bom trabalho em variar os tipos de histórias, desde assombrações clássicas até encontros com entidades malignas, o que mantém cada episódio fresco e imprevisível.
O que não gostei? Não sei se a gente pode acreditar em tudo o que vê nessa série. Você pode achar que as dramatizações são exageradas ou até mesmo cômicas em certos momentos, o que pode tirar um pouco da seriedade da narrativa. Além disso, nem todos os episódios são igualmente fortes – alguns podem não ter o mesmo impacto que outros.
Enfim…: “Eu Vi” é uma série obrigatória para fãs de histórias de terror reais. Esse conceito de pessoas comuns compartilhando suas experiências sobrenaturais torna a série um passeio arrepiante e, muitas vezes, perturbador. Se você gosta de uma boa história de fantasmas, esta série é uma excelente escolha.
7. Terça do Terror (ou Angkhan Khlumpong: Extreme): Tentativa e Poucos Erros
A série tailandesa Terça do Terror (ou Angkhan Khlumpong: Extreme) é uma tentativa interessante de mergulhar no gênero de terror e suspense, mas não sem suas falhas. Tem aquela mistura de clichês e elementos tradicionais do gênero, mas pra mim foi uma experiência muito interessante.
Foi feita com base em histórias contadas em um popular programa de rádio, mas não significa que é certeza absoluta que tudo ali é realmente baseada em fatos reais, mesmo porque alguns elementos sempre são adicionados para dar uma dose de terror ao show.
O que eu gostei? O primeiro episódio me pegou. Não digo pela atuaçao em si, mas pela história. Quer um spoiler? Envolve uma boneca. Bonecos em filmes de terror são, por si só, aterrorizantes. Algumas histórias (são diferentes e não uma continuação) são perturbadoras e macabras e nos levam a alguma reflexão, por mais insano que pareça. Consegui assistir sem parecer que estava no genero de comédia.
O que não gostei? Certos episódios não conseguem prender a atenção desde o começo, resultando em uma experiência menos impactante. Além disso, embora a série não exagere na violência gráfica, o uso frequente de sustos previsíveis pode desagradar quem busca algo mais sofisticado.
Enfim…: Você não deve assistir essa série achando que tudo será clichê. Porque os elemtnos clichês, tipo a boneca e casas mal assombradas, foram usadas de forma bem mais profundas e explorando áreas diferentes. Perdoando as falhas, achei que a série traz um bom momento de terror perturbador.
8. Pesadelos e Devaneios (ou Nightmares and Deliriums) de Joko Anwar: Ficção Científica, Monstros e Terror?
Confesso que nessa série eu ameacei dar algumas risadas de algumas cenas meio absurdas. Talvez os “defeitos especiais” não ajudaram muito, mas fiquei ali, mais pela história. São epsódios que aparentemente não se conectam, mas aos poucos, você vai vendo um elo entre eles. Revelam também uma dose de drama e algumas reflexões, principalmente o primeiro episódio.
O que eu gostei? Do final. Chocante, não? O final foi o que ligou todas as pontas soltas, onde tudo fez sentido, e foi divertido, no bom sentido, ver que a fantasia de quem criou essa série tava regada a bastante imaginação e criatividade. Há muita ficção nessa série além do terror e suspense, então não pode achar que tudo terá uma explicação lógica. Pode parecer confuso, mas foi disso que gostei mesmo.
O que não gostei? Efeitos especiais bem pobrinhos, com limitações no orçamento bem percebidas. Atuação bem triste também, salvo alguns personagens que fizeram os melhores episódios. Achei a ficção bem alucinante no sentido de: o que foi que esse cara bebeu?, dei umas risadinhas de lado sim, mas continuei assistindo porque queria ver até onde isso ia me levar.
Enfim…: Mantenha suas expectativas baixas e entenda: tem ficção, e muita, ali. Então, se caso ficar irresistível pra você, assista, deixe a história te levar e entre no jogo da série. Previsível, mas é um bom passatempo.
9. Dark: Porque o Tempo Pode Ser o Maior dos Monstros
Se você é fã de mistérios complexos e não se importa em exercitar o cérebro enquanto assiste a uma série, “Dark” é a escolha certa. Esta produção alemã da Netflix é uma das séries mais intrincadas e bem planejadas dos últimos tempos, misturando suspense, ficção científica e terror em uma história sobre viagem no tempo que desafia a lógica e a sanidade. Se você entender de primeira, seu QI é único!
O que eu gostei? A narrativa de “Dark” é uma obra-prima. A série lida com linhas do tempo múltiplas (3 tempos), paradoxos temporais e segredos que se entrelaçam de uma forma tão complexa que você vai querer ter um caderno ao lado para anotar tudo. Além disso, a atmosfera sombria e opressiva é outro ponto forte, criando uma sensação de desconforto constante que se intensifica a cada episódio. E a música e trilha sonora? Encaixa perfeitamente com a trama, e começa a te dar arrepios pelo suspense.
O que não gostei? Por incrível que pareça: a complexidade da trama. Embora seja um dos aspectos mais impressionantes da série, também pode ser exaustivo. “Dark” não é uma série para assistir de boa, para relaxar a mente – ela exige atenção total, e mesmo assim, pode deixar você perdido em alguns momentos. Mas, se você gosta de ser desafiado, isso não é necessariamente um ponto negativo.
Enfim…: Uma série que redefine o conceito de mistério e suspense, misturando elementos de terror com uma narrativa de ficção científica que vai fazer sua cabeça explodir. A história é tão bem entrelaçada, que você tem uma imersão quase que viciante ali. “Dark” é para aqueles que gostam de séries que fazem pensar, e muito.
Concluindo…
Eu assisto filmes de terror e suspense sempre com a cabeça aberta e os olhos meio fechados. Porque sei que posso me surpreender, ter alguns jumpscares, ou simplesmente achar enfadonho e rir do tempo que perdi vendo uma série que não cumpriu com o combinado: me deixar assustada/com medo/impressionada.
Algumas séries ficaram de fora dessa seleção, e eu sei que você esperava por elas aqui. Se você quiser dar sua opinião sobre essas e outras séries que ficaram de fora, comente aí.