Quando o Ho’oponopono Falha Miseravelmente…

Ho'oponopono

Antes de você achar que vou falar mal ou bem dessa técnica havaiana Ho’oponopono, que repete o mantra: “Sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grata”, vou te contar brevemente como conheci e porque conheci.

Já perdeu um animalzinho de estimação? Tipo, luto mesmo? Eu já. E isso foi uma experiência horrível. Te conto em outro post sobre essa história.

Pois bem, esse fato desencadeou uma série de traumas e problemas em mim, por um ano mais ou menos. Coisas que não falamos pra ninguém sabe? Mas sentimos sim que mudou por dentro.

Depois de alguns meses da morte da minha cachorrinha, eu tive uma alergia muito feia no rosto. Muito mesmo. Fui na dermatologista e ela disse: “Está bem feio, vou te receitar a pomada um nível abaixo da mais forte, e um remédio para tomar, mas quero que saiba que eles vão afetar seu fígado, e você precisará em seguida de tratamento para o fígado.”

Oi? Eu, que já estava em quase-depressão por estar com a pele trincando de seca, nem comendo direito porque se eu abrisse muito a boca, os cantos começavam a sangrar por causa da pele rachada.

Eu tinha escolha? Não. Aliás, sempre temos né? Então, resolvi conversar com uma terapeuta já conhecida minha.

Tomei o remédio um dia, passei a pomada um dia. E fui lá abrir meu coração e pedir ajuda para a Liane, que tinha uma pegada mais holística.

A Lua de Mel com o Ho’oponopono

Liane era paz, pura harmonia. Então, eu mostrei a minha pele toda vermelha e descamando, e ela me perguntou: “Você teve algum trauma por esses meses?” Poxa, claro que sim… “Porque a pele é um dos órgãos que mais sofrem quando seu emocional está descontrolado, com ansiedade, estresse, tristeza ou angústia.”

Acertou, Liane. Mas por que somente o rosto? Todo o corpo estava normal. E ela explicou que o rosto é a parte que está à mostra, e que eu estou escondendo e minimizando meus sentimentos, guardando muito dentro de mim. Tinha que trabalhar nisso.

Minha pele melhorou sem remédios e pomadas, em um mês ela já estava limpa e normal. Repito: não foi só o Ho’oponopono, outras técnicas que ajudaram a minha mente e corpo a trabalharem juntos para esse exato objetivo: pele e corpo em harmonia positiva.

No início, tudo era lindo. Eu repetia os mantras com afinco. Por isso, meus sentimentos negativos pareciam diminuir, e eu me sentia mais leve, mais conectada comigo mesma.

Mas, como toda lua de mel, essa fase também chegou ao fim, porque eu não havia entendido nem 10% do que realmente tudo isso significava.

A Realização Amarga: Ho’oponopono Não é Mágica

A ficha caiu quando, em meio a uma crise de ansiedade, comecei a repetir os mantras freneticamente, como se fosse um disco riscado. Mas, em vez de me acalmar, me senti ainda mais frustrada. Era como se as palavras tivessem perdido o sentido, como se eu estivesse apenas recitando um texto decorado, sem nenhuma conexão com o meu interior.

Foi aí que me dei conta de que o Ho’oponopono não funciona se você não estiver realmente disposto a perdoar, a se amar e a se conectar com a sua essência. Repetir os mantras mecanicamente, sem sentir de verdade, é como tentar apagar um incêndio com um copo d’água.

Se você levar para o lado pessoal cada frase, vai encontrar motivos para: perdoar, pedir perdão, amar e agradecer. E a partir daí é que você se conecta de uma forma mágica.

A Importância da Vibração (Ou: Quando Sua Energia Não Colabora)

Outro ponto crucial que aprendi (da pior maneira possível) é que o Ho’oponopono só funciona se a sua vibração estiver alinhada com a energia da técnica. Assim, se você estiver vibrando na raiva, no medo ou na culpa, as palavras não vão ter o efeito desejado. É como tentar sintonizar uma rádio com a frequência errada – você só vai ouvir chiado.

No meu caso, percebi que, muitas vezes, eu repetia os mantras desligada do sentido do que aquilo realmente significava. Eu realmente sentia muito? Eu perdoei mesmo? Será que amo? Agradecer o quê? E, claro, isso só me afastava ainda mais da energia do Ho’oponopono.

Tudo o que você sente, você emana. Por exemplo: Já ficou perto de alguém com ódio por dentro? Como é? E já ficou do lado de alguém super alegre e positivo? Como foi? Suas respostas são exatamente o que quero dizer aqui: energia dos outros, energia que emana.

O Ho’oponopono Falhou Comigo? Ou Fui Eu Que Falhei com Ele?

Eu tenho a resposta hoje em dia, depois de ler diversos livros sobre reprogramação mental, psicologia, neurociência… E sim, Ho’oponopono faz parte de técnicas de reprogramação mental, que te elevam a um outro nível, acima da maioria. Mas, só ele pode não funcionar, se você não entender o contexto.

Eu falhei quando não entendia tudo o que envolve Ho’oponopono, e hoje sei que só esse mantra, sem um estudo profundo de sua situação mental, pode não ser o milagre que tanto espera.

Praticar ou não?

Não sei vocês, mas eu sou do tipo que aprende na marra. E, com o Ho’oponopono, não foi diferente. A experiência me ensinou que não existem soluções mágicas para os problemas da vida.

Existe sim, a sua mente. Ela é que manda na coisa toda: em você, e nas coisas a sua volta. Mas isso é assunto para outro post…

Recomendo que tente. Repita as frases. De qualquer forma, apenas observe o que acontece com você, e com tudo o que vier a partir do dia que começar. Faça todos os dias, só para exercitar algo novo na sua cabeça.

É como um exercício: repetir até virar automático. Essas frases vão acabar te dando sinais… Só vai!

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